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terça-feira, 28 de junho de 2011

Colégio Estadual promove curso sobre homofobia na educação

A escola se tornou um espaço aberto às manifestações da sexualidade, um lugar de debate.

A Escola Estadual Antonio Cristino Cortês, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), realiza neste semestre um curso de capacitação para professores, técnicos e palestras para alunos. A proposta é a orientação e discussão das diversas expressões sexuais dentro do espaço escolar

Segundo a coordenadora do colégio, Lúcia Schneider, é na escola que os problemas referentes à sexualidade estão todos manifestos: do preconceito à homofobia. Para ela, o colégio público deve saber gerir esses problemas para se tornar um lugar plural.

O curso debate problemas de gênero e sexualidade a partir de comportamentos de professores e alunos. A finalidade é romper com os preconceitos e agressões morais que ocorrem, especialmente, dentro do ambiente escolar.

O motivo da criação do curso é a presença de lésbicas, gays e bissexuais dentro do colégio, estimulando as chacotas e as ofensas dentro das salas de aula. O ex-aluno e integrante do projeto, Maxwell Pereira Barbosa, que já sofreu alguns preconceitos dentro da escola por ser homossexual, relatou que o Cristino Cortês é especial para o projeto porque convivem diferentes pessoas: gays, heterossexuais, religiosos, deficientes físicos e etc.

A partir disso e compreendendo a profundidade desse problema, o colégio resolveu trazer uma pessoa para capacitar os professores, “uma pessoa que estivesse trabalhando com essa temática e essa pesquisa”, relata a coordenadora.

EDUCAR NA DIVERSIDADE É O TEMA DO CURSO

Solicitado pela direção do Cristino Cortês, o professor da UFMT Neil Franco colocou em prática o curso de extensão “Educar na diversidade: da homofobia à educação popular” que é desenvolvido pela Associação Homossexual de Ajuda Mútua (SHAMA) em parceria com o Programa de Formação Continuada em Educação, Saúde e Cultura Populares da Universidade Federal de Uberlândia. O objetivo é estimular debates que façam com que professores(as) percebam a importância da diversidade sexual presentes nas escolas para que certos preconceitos sejam desfeitos.

O projeto tem como base a reflexão das maneiras de educar falando de sexualidade e gênero. Diante desse caminho, o professor Neil Franco encontrou como barreira a maneira de como é tratado o sexo em sala de aula. Para ele, uma educação a partir da sexualidade deve ir além de cartazes de prevenção da AIDS ou doenças sexualmente transmissíveis. “Não podemos falar só de sexualidade e sexo sem contextualizar a questão de gênero histórico-socialmente construído”, disse.

A EDUCAÇÃO SEXUAL VERSUS RELIGIÃO

Com relação aos casos homossexuais que ocorrem dentro do colégio, tanto a direção quanto a coordenação possuem uma posição neutra, sem preconceito ou pré-julgamento, relata o ex-aluno Maxwell.

Essa conduta da escola em relação aos casos possibilitou uma inovação no processo educacional mato-grossense: a solicitação de um curso de capacitação para professores e técnicos, através da UFMT, que possibilite uma nova orientação aos educadores quanto aos seus comportamentos dentro do ambiente escolar.

Segundo Maxwell, “este curso é fundamental para os alunos e principalmente para os professores, pois permite uma socialização e um respeito melhor entre funcionários e alunos, potencializando a educação”.

Com essa iniciativa, um dos problemas mais enfrentados pelos organizadores do projeto é a dificuldade das pessoas próximas à escola entenderem a presença do curso. A coordenadora do Cristino Cortês relatou que alguns pais religiosos fizeram algumas críticas, pois acreditam que o debate impulsionaria as práticas homossexuais, o que impediu a presença de alunos nas palestras.

Outra dificuldade apontada pela coordenadora do colégio é a intensa crítica de religiosos da cidade em relação à postura da escola diante das manifestações sexuais dos alunos, também entendendo o curso como um incentivo às práticas condenadas pela religião.

Diante desses problemas, a segunda etapa do curso será desenvolvida apenas para alunos que queiram participar das palestras e debates. “Estamos pensando em abrir inscrições para os interessados, embora não seja a forma mais correta de lidar com essa situação”, conta a Lúcia Schneider.

“A escola é uma das instituições que constituem os indivíduos. Não tem como desvincularmos a escola da sociedade”, narra Neil Franco.

EBC e UNESCO realiza Seminário Internacional de Mídias Públicas


A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) ou TV Brasil e a representação da UNESCO no Brasil, realizará nos dia 30 de junho e 01 de julho, na sede da EBC em Brasília, Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século XXI, coma presença dos maiores especialista internacionais em radiofusão pública, dirigentes de empresas de comunicação da América Latina, dos Estados Unidos e da Europa e representantes de entidades.,
O evento terá abertura às 09:00 h do dia 30 de junho com a participação
da Ministra-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas; do Representante-Adjunto da UNESCO no Brasil, Lucien Muñoz; da Presidente do Conselho Curador da EBC, Ima Guimarães Vieira; e da Diretora Presidente da EBC, Tereza Cruvinel.

Para mais informações, acesse o site da TV Brasil.
Fonte: tvbrasil.org.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Blog: uma ruptura e uma injunção

O blog é - pelo menos esperavasse - um diário eletrônico. Cada dia mais o Blog está presente na vida das pessoas e, principalmente, na nossa, a de Jornalistas. Mas não mais como diário; e sim como meio. Afinal, o que é o blog? Diário ou meio de informação? Os dois!

Tanto ruptura como injunção: desloca a comunicação, mas constitui o indivíduo. De ferramenta de escrita de si para ferramenta comunicacional. A marcha da tecnologia em sentido à informação rápida e, por isso, "pura".

Esses temas estão todos reunidos, sob organização de Adriana Amaral, Raquel Recuero e Sandra Montardo, no livro Blog.com - Estudos sobre blog e comunicação da editora Momento. O livro já se encontra disponível pela internet no site SobreBlog.

Enfim: Blog ou Jornal?